A enxaqueca crônica é a doença mais incapacitante do mundo entre indivíduos com menos de 50 anos ¹ e, assim como qualquer outra doença, deve seguir um tratamento adequado com um médico especialista.
Existem diversas formas de tratar a enxaqueca, que variam desde tratamentos medicamentosos a mudanças de hábitos dos pacientes². Ele também é feito de forma preventiva, para prevenir ou inibir as crises.
A medicina evolui cada vez mais em busca de desenvolver formas mais eficazes para combater as dores de cabeça. No início de 2018, a Sociedade Internacional de Estudo das Cefaleias publicou uma nova versão de critérios para o diagnóstico da enxaqueca episódica e crônica³. Esta atualização destacou o abuso de analgésicos, como conta o neurologista, Dr. Elcio Piovesan (CRM – 13562-PR): “Os pacientes que não controlam adequadamente suas crises tendem a aumentar a frequência das dores, tornando-se pacientes com dor crônica ou diária. Com as crises constantes, os analgésicos já não fazem mais efeito, necessitando de doses cada vez maiores para controlar parcialmente a dor”.
A publicação da Federação Europeia de Cefaleia de 2019 abordou sobre os anticorpos monoclonais4 (anticorpos que bloqueiam o CGRP), que podem ser mais uma opção dentro do arsenal terapêutico do médico.
O papel do anticorpo monoclonal seria atuar sobre um alvo específico, a molécula chamada CGRP5, uma das moléculas produzidas pelo nosso organismo responsável por desencadear as enxaquecas e pode ser usado para o tratamento da doença, mas ainda há muito a se evoluir nos estudos de longo prazo. “Infelizmente nem todos os pacientes que utilizam os anticorpos anti-CGRP respondem com o controle da enxaqueca demonstrando claramente que existem outros responsáveis pela geração da dor na enxaqueca”, alerta o Dr. Elcio.
A toxina botulínica A, já amplamente estudada e aprovada desde 2011 para o tratamento da enxaqueca crônica, possui um protocolo de aplicação na região da cabeça, pescoço e ombros realizado a cada 12 semanas4, onde age inibindo a transmissão de sinais de dor no sistema nervoso central6
Confira outras formas de tratar a enxaqueca aqui, e encontre um médico neurologista, converse com ele sobre as opções disponível, somente ele poderá indicar o melhor tratamento para o seu caso.
O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.
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Taís Cruz – MTB 0083367/SP
¹ Steiner TJ, Stovner LJ, Vos T, Jensen R, Katsarava Z. Migraine is first cause of disability in under 50s: will health politicians now take notice? J Headache
Pain. 2018 Feb 21;19(1):17.
² Consenso Latino-Americano de Migrânea Crônica para as Diretrizes de Tratamento de Migrânea Crônica. Headache Medicine 2012;3(4):150-160. [Acesso em 2019 fev 19].Disponível em: http://sbcefaleia4.tempsite.ws/sbcefaleia/index.php?option=com_mtree&task=att_download&link_id=316&cf_id=24
³ The International Classification of Headache Disorders, 3rd edition [Acesso em 2019 fev 19].Disponível em: https://www.ichd-3.org/wp-content/uploads/2018/01/The-International-Classification-of-Headache-Disorders-3rd-Edition-2018.pdf
4 Sacco S, Bendtsen L, Ashina M, Reuter U, Terwindt G, Mitsikostas DD,Martelletti P. European headache federation guideline on the use of monoclonal antibodies acting on the calcitonin gene related peptide or its receptor for migraine prevention. J Headache Pain. 2019 Jan 16;20(1):6.
5 Blumenfeld AM, Silberstein SD, Dodick DW, Aurora SK, Brin MF, Binder WJ. Insights into the Functional Anatomy Behind the PREEMPT Injection Paradigm:
Guidance on Achieving Optimal Outcomes. Headache. 2017 May;57(5):766-777.
6. Aurora SK, Brin MF. Chronic Migraine: An Update on Physiology, Imaging, and the Mechanism of Action of Two Available Pharmacologic Therapies. Headache. 2017 Jan;57(1):109-125.