Já é sabido e atestado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) os impactos negativos da enxaqueca crônica (aquela que gera dor contínua e é resistente às terapias analgésicas tradicionais) sobre os indivíduos: absenteísmo no trabalho, isolamento social, entre outros. Mas pouco ou quase nada é falado a respeito destes impactos sobre os familiares de enxaquecosos. Pois foi o que fez um recente estudo americano, apresentado durante a reunião anual da Academia Americana de Neurologia, realizada no Canadá, no último mês de abril¹, ao investigar as consequências destes fatores sobre os filhos adolescentes de pessoas com enxaqueca crônica.
O levantamento contou com 1.733 pessoas e atestou que filhos adolescentes de pais com enxaqueca crônica têm impacto significativamente maior sobre o seu bem-estar e vida diária do que os de pais com enxaqueca episódica. Confira os principais dados²:
35,3% dos filhos de pais com enxaqueca crônica apresentavam dificuldade de concentração em atividades escolares, enquanto apenas 16,4% dos filhos de pais com grupo de enxaqueca episódica apresentavam o mesmo problema;
Pais com enxaqueca crônica deixaram de dar ajuda a 48,2% de seus filhos contra 26,4% dos jovens que passaram pela mesma situação com pais que apresentavam episódios isolados de enxaqueca;
Enquanto 44,4% dos filhos de enxaquecosos crônicos sentiram falta de receber amigos em casa, somente 21,5% do outro grupo passou pela mesma situação;
E um dado importante, relacionando diretamente à doença, revelou que os adolescentes membros de famílias de pais com enxaqueca crônica apresentaram mais episódios de dor de cabeça nos três meses anteriores da pesquisa.
Os números reforçam como as discussões em torno do impacto físico e emocional em pacientes que sofrem com a enxaqueca não são suficientes. E mais: como a doença crônica parental gera consequências no psicológico e bem-estar dos adolescentes.
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Sentir dor de cabeça pode ser comum, mas não é normal. Você e sua família não precisam sofrer com a enxaqueca crônica e o primeiro passo para evitar ou atenuar estes problemas é buscar ajuda multiprofissional especializada e praticar hábitos saudáveis, afinal, a enxaqueca crônica tem tratamento.
O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.
¹Buse D, et al. Perspectives of Adolescents/Young Adults on the Burden of their Parent’s Migraine: Results from the CaMEO study. Apresentado na AAN de 2016. Poster nº P4.121
²Buse D, et al. Perspectives of Adolescents/Young Adults on the Burden of their Parent’s Migraine: Results from the CaMEO study. Apresentado na AAN de 2016. Poster nº P4.121