5 dicas para prevenir crises de enxaqueca
Publicado 16/05/2017
Enxaqueca crônica
Dados da OMS apontam a
prevalência anual de cefaleia crônica diária de 1,7% a 4% da população adulta.
A enxaqueca crônica representa metade destes casos e, conforme estudos
epidemiológicos realizados na América Latina, a doença tem prevalência de 5,12%
no Brasil¹
A
enxaqueca é uma das formas de cefaleia, popularmente conhecida como dor de
cabeça. Segundo a Sociedade Internacional de Cefaleia, existem mais de 150
tipos de dor de cabeça. Por isso, no próximo dia 19 de maio, quando é celebrado
o Dia Nacional de Combate à Cefaleia,
são importantes os reforços em torno da prevenção de crises para promover
melhor qualidade na vida de quem é acometido pela doença. Neste sentido, o
auxílio de um neurologista
é extremamente importante.
Embora
tenha tratamento,
suas crises não podem ser completamente evitadas, mas é possível distinguir a
enxaqueca de outras formas de cefaleia, dadas as suas características e sintomas, como
a ocorrência da dor latejante e pulsátil de 4 a 72 horas na região unilateral
da cabeça, podendo ocorrer vômito, náusea, sensibilidade à luz, barulho e
odores. Já a enxaqueca crônica são dores de cabeça com as mesmas características, mas que ocorrem
por pelo menos 15 dias/ao mês e durante três meses – sendo oito desses dias
seguidos com sintomas de enxaqueca.
Na
linha de prevenção, é imprescindível que o paciente se conscientize de que
sentir dor não é normal. Para isso, a Dra.
Thais Villa, membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia,
forneceu 5 dicas para amenizar a enxaqueca, mantendo as atividades diárias da
melhor forma possível. Confira:
1. Alimentação
Ficar
muitas horas sem comer é um grande erro para quem sofre com a enxaqueca.
Digamos que é um “prato cheio” para uma bela crise. Por isso, é importante
estabelecer uma rotina alimentar de 3 em 3 horas e sempre carregar frutas ou
lanchinhos na bolsa/mochila.
Alguns
alimentos podem ser grandes vilões, como café, chocolate, vinho tinto, queijos amarelos, refrigerantes,
enlatados e embutidos. Contudo, isso dependerá muito de uma pessoa para a outra
e deve ser investigado junto ao médico. Mas calma, nem todos os alimentos estão
contra você. Alguns são aliados, como gengibre, pimenta, alimentos com
magnésio, vitamina B – que pode ser encontrada na carne de fígado, queijo, leite, ovos,
espinafre, frango, peru, frutos do mar, salmão, banana, amêndoas e iogurte. Você
também deve consumir bastante água – pelo menos 3 litros diariamente.
2. Abuso de
medicamentos
Basta
a dor de cabeça aparecer que as pessoas correm para tomar um analgésico,
não é mesmo? Ao ingerir mais de um remédio ao dia e em diversos dias da semana,
com o tempo será perceptível que o medicamento não fará mais efeito. Não se
deve abusar indiscriminadamente de analgésicos porque pode cronificar a dor,
além de trazer diversos prejuízos à saúde.
Procure
a ajuda de um neurologista, especialista no tratamento de dores de cabeça. Ele poderá
identificar qual é o tipo de dor cabeça e o melhor tratamento, podendo ser medicamentoso
(com prescrição de antidepressivos, neuromoduladores, betabloqueadores) e até mesmo
injetável, como a aplicação de Toxina Botulínica A.
3. Atividades físicas
Praticar
exercícios
faz bem à saúde e, para os portadores de enxaqueca, é essencial. Os mais recomendados
são aqueles que não exigem tanto esforço do corpo, pois pode ter um efeito
contrário, desencadeando a crise de enxaqueca de forma ainda mais intensa. Em
academia ou ao ar livre, as atividades físicas ajudam a prevenir as crises.
Opte por caminhadas, aulas de dança, natação, alongamento, Pilates ou Yoga.
Para todos os casos, duas importantes recomendações: não faça nenhuma atividade
física/esportiva se a crise de enxaqueca já estiver estabelecida, pois irá
intensificar a dor; realize uma avaliação médica antes do início de qualquer
prática esportiva.
4. Controle das emoções
Estresse,
ansiedade, irritabilidade, preocupação excessiva, medo e solidão são alguns dos
fatores emocionais que servem de gatilho para as crises de enxaqueca. Em meio à
rotina diária e cheia de emoções, controlar tudo isso parece ser impossível,
mas não é. Através de exercícios de respiração, relaxamento e meditação é
possível ter maior controle sobre elas. Busque ajuda psicológica para entender
melhor seus sentimentos e emoções.
5. Sono
Dormir
pouco ou muito pode ser um gatilho para a crise de enxaqueca? Com certeza! É
preciso criar uma rotina regular de sono de 6 a 8 horas por dia e não abusar
das horas vagas do final de semana para colocar o sono em dia ou dormir mais do
que o necessário. Para algumas pessoas com enxaqueca, dormir menos de 6 horas é
o suficiente, mas isso depende da condição física, mental e psicológica de cada
indivíduo. Por isso, o acompanhamento de um neurologista especialista no
tratamento da enxaqueca pode ajudar também nessa avaliação.
Fique
atento se estes itens fazem parte de sua rotina, pois a execução de cada um
deles pode fazer a diferença em seu tratamento e resultados.
O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.
¹ Latin American Consensus Guidelines for the Treatment of Chronic Migraine – disponível em http://www.baruco.com.br/blog/Consenso_LATAM_Migranea_Cronica_2012.pdf.
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