Manobra de hábitos ajuda a reduzir efeitos dos gatilhos da enxaqueca
Publicado 31/01/2017
Enxaqueca crônica
Quem
convive com a enxaqueca
sabe que precisa estar sempre atento para evitar os gatilhos,
que são fatores internos e externos responsáveis pelo desencadeamento das
crises de dor de cabeça. Embora muitas pessoas acreditem que seja necessário viver
com inúmeras restrições por conta disso, Dr.
Henrique Carneiro (CRM MG-35036), neurologista e membro da Sociedade Mineira de
Cefaleia, explica que é possível conviver com a enxaqueca sem abrir mão de
todas as coisas boas que a vida oferece.
“Biologicamente, o paciente acometido por esse
tipo de dor de cabeça tem uma baixa adaptação a certos elementos, seja do
ambiente, de alimentos, entre outros. No entanto, com o entendimento destes
fatores e o devido manejo, é possível contornar as crises”, explica o médico.
Jejum,
sono irregular, período menstrual, bebidas alcoólicas, cafeína e queijo são os
desencadeantes de crise mais comuns, que podem ser analisados e trabalhados
dentro da rotina para minimizar seus efeitos.
Jejum: Ficar sem se
alimentar por mais de 3 horas já pode ser considerado jejum. Por isso, consumir
frutas ou barras de cereais no intervalo entre café da manhã, almoço e jantar é
importante para evitar o gatilho.
Sono: A média ideal de
sono por noite é de 8 horas, variando um pouco de pessoa para pessoa. Se dentro
deste parâmetro dormimos 6 ou 10 horas, por exemplo, sofremos alterações
bioquímicas cerebrais que podem dar início a uma crise. A rotina de horário
para dormir e acordar também é importante. Não são práticas tão difíceis de
realizar e vão fazer toda a diferença.
Período menstrual: a oscilação de estrogênio
é o principal gatilho nas mulheres. O uso do anticoncepcional é uma saída para
o seu controle, mas a indicação deve vir do ginecologista, em alinhamento com o
neurologista.
Suplementação de vitamina B também é indicada no período pré-menstrual.
Bebida alcoólica: Algumas substâncias
presentes nas bebidas fermentadas e alguns tipos de vinhos tintos são especialmente
responsáveis por crises de dor de cabeça, então o primeiro passo é descobrir
qual bebida pode te afetar, e isso também varia de pessoa para pessoa. Vinho
branco e outras mais leves, em doses pequenas e intercaladas com água, podem
ser indicações para desfrutar sem dores.
Cafeína: A cafeína acelera as
funções cerebrais e, de forma geral, as pessoas portadoras de enxaqueca têm mais
sensibilidade a ela. Consumir a bebida com moderação é a saída, não excedendo
quatro doses diárias – se possível, menos que isso.
Queijo: Os queijos amarelos
também são responsáveis pelo desencadeamento de crises de dor devido à presença
da tiramina, substância que interfere no controle da pressão sanguínea. Em
substituição a eles, pode-se optar pelo branco ou a ricota.
Dr.
Henrique reforça que não há mágica na dieta para excluir de vez os efeitos dos
gatilhos de dor, mas com as substituições certas e nas dosagens adequadas, é
possível aumentar o limiar de dor, devolver ao enxaquecoso seu prazer em viver,
com menos frequência ou intensidade de crises.
Uma
dica final é analisar momentos ou situações em que mais de um gatilho possam
estar somados. Exemplo: um período de jejum, após uma noite mal dormida em um
período de TPM. É uma situação crítica para o desencadeamento de uma crise em
que cada fator precisa ser manejado, além de evitar outros gatilhos, como os
alimentos e bebidas já citados.
Converse
com seu neurologista
e comece a tratar a enxaqueca. Permita-se viver o melhor que a vida tem a
oferecer.
O texto acima possui
caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento
ou se automedique sem a orientação de um especialista.
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