Mês de Combate à Cefaleia: evolução da doença e dos tratamentos
23 de maio de 2016
Em maio é celebrado o Dia Nacional de Combate à Cefaleia (19/05), popularmente conhecida como dor de cabeça e que faz parte da rotina de mais de 10 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia. São classificadas pelo menos 150 tipos de dores de cabeça, sendo as mais frequentes a cefaleia tensional, cefaleia em salvas e a enxaqueca crônica.
Entre os fatores que podem estimular a ocorrência das crises de dor de cabeça em enxaquecosos estão: o estresse e a ansiedade, o jejum prolongado, as alterações no sono – como a privação ou o excesso, a ingestão de alimentos industrializados que contenham embutidos e outros componentes artificiais e o consumo de álcool.
Por isso, com a vida cada vez mais agitada, alguns hábitos alimentares e comportamentais têm colaborado para o aumento das crises de dor de cabeça, da automedicação e, consequentemente, dos casos de enxaqueca crônica – caracterizada por dores recorrentes durante 15 dias ou mais no mês, por três meses seguidos.
Para o neurologista membro da Academia Brasileira de Neurologia e da American Academy of Neurology, Dr. Leandro Calia (CRM SP-63628), a enxaqueca crônica representa enorme custo na vida pessoal, profissional, afetiva, social e econômica do indivíduo. “São inúmeros os estudos científicos que demonstram o impacto da doença na vida das pessoas através de faltas ao trabalho, bem como perda do rendimento nas atividades pessoais e profissionais”.
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O médico destaca o impacto das cobranças e a pressão do cotidiano nas ocorrências de dor de cabeça, advertindo que embora seja comum o aumento de crises devido a estes fatores, não é normal sentir dor e por isso ela não deve ser negligenciada e automedicada sem avaliação de um especialista. “São atitudes como esta que fazem crescer a estatística da enxaqueca crônica e que uma vez instalada, compromete a qualidade de vida do indivíduo”, comenta Dr. Calia.
O especialista explica que existem dois tipos de tratamento para a enxaqueca crônica: sintomático (composto por analgésicos bem orientados para a cessão imediata da dor) e preventivo (composto de fármacos específicos para evitar as crises, mudanças de hábitos alimentares e comportamentais, considerados gatilhos de dor) e aplicação da Toxina Botulínica A.
“Apesar de a toxina ter custo mais elevado em relação ao tratamento medicamentoso, é preciso considerar que sua aplicação acontece a cada três meses, revelando um bom custo-benefício, especialmente pela ótima tolerabilidade e baixíssimos índices de eventos adversos”, completa o neurologista.
Importante: quanto mais multidisciplinar for o tratamento, melhor será o resultado do paciente, lembrando que cada pessoa responde de forma diferente a cada medicação e demais terapias, que devem ser moduladas segundo sua evolução.
O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.