Dia Nacional de Combate à Cefaleia: O impacto das dores de cabeça
18 de maio de 2018
Em 19 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate à Cefaleia, problema que atinge mais de 70% da população brasileira. Popularmente conhecida como dor de cabeça, a cefaleia pode ter mais de 150 variações, sendo as mais frequentes: cefaleia tensional, cefaleia em salvas e a enxaqueca crônica.
As dores de cabeça estão entre as principais doenças que levam à incapacitação, por causarem grande impacto funcional nos indivíduos e refletirem em seus relacionamentos sociais e profissionais, bem como na sociedade como um todo. Podemos ter um parâmetro de suas consequências em termos de absenteísmo no trabalho, e custos diretos e indiretos com falta de produtividade e tratamentos, tanto para o paciente como para a economia em geral. Neste quesito, a enxaqueca crônica que causa crise de dor de média a alta intensidade, em períodos de 15 dias ou mais ao mês, todos os meses, se mostra como o tipo de dor de cabeça debilitante.
Segundo a neurologista pela UNIFESP especialista em cefaleias, Dra. Thais Villa – CRM 110217, é preciso olhar com atenção para o problema da dor de cabeça, pelos seus aspectos funcionais em nível individual e global que cresce a cada dia com a evolução de hábitos nocivos da população.
“Em meio a um cenário cada vez mais competitivo, exigente e conectado, a população está cada vez mais exposta a um arsenal de gatilhos para o desenvolvimento de dores de cabeça, sendo os mais comuns o stress, a ansiedade, a privação de sono, a alimentação inadequada, o consumo de álcool e a automedicação de analgésicos em geral”, explica a médica.
Para conter o avanço da população enxaquecosa, é preciso investir em medidas preventivas ancoradas no tripé da medicação correta, da adoção de hábitos saudáveis e de boa informação a respeito da doença e seus tratamentos.
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“O primeiro passo quando o quadro de enxaqueca já está instalado é a procura por um neurologista que atuará de forma individualizada para evitar ou reverter um quadro já cronificado.” explica Dra. Thais, que detalha que o tratamento do tipo crônico é dividido em dois modelos: sintomático (composto por analgésicos orais bem orientados para a cessão imediata da dor) e preventivo (composto de fármacos específicos para evitar as crises e aplicação de Toxina Botulínica A, que atua diretamente no mecanismo de transmissão da dor no sistema nervoso central), e mudanças de hábitos alimentares e comportamentais considerados gatilhos de dor.
A médica também destaca um fator importante quando o assunto é dor de cabeça, que é a crescente oferta e procura por informações sobre a doença na internet, que tem ajudado os pacientes a entenderem melhor seus quadros de dor e a interpelar e aderir com mais propriedade aos tratamentos propostos pelos médicos. No entanto, ela ressalta a importância de se ter critério e cuidado com as fontes de informação na web, que precisam ter a chancela de sociedades médicas (como é o nosso site 😉 ou de profissionais ligados a sociedades médicas, bem como fontes acadêmicas.
“Não podemos negar e nem evitar a procura por informações de saúde na internet, que tem seu aspecto positivo para o empoderamento do paciente sobre o seu tratamento, mas é preciso orientar para a importância de consultar conteúdos sérios e seguros, especialmente para a sua segurança”, declara.
As orientações da médica são especialmente importantes por conta do crescente desenvolvimento de comunidades e fóruns de pacientes na web para a troca de indicações de tratamentos, que não apenas podem comprometer ainda mais o quadro da doença, como por em risco as suas vidas.
O texto acima possui caráter exclusivamente informativo. Jamais realize qualquer tipo de tratamento ou se automedique sem a orientação de um especialista.
Taís Cruz – MTB 0083367/SP