Muita gente ainda acha que enxaqueca é frescura, apenas uma dorzinha de cabeça. Afinal, quem nunca teve que lidar com o olhar desconfiado do chefe quando não conseguiu trabalhar por conta da dor?
A enxaqueca crônica é a doença mais incapacitante do mundo entre pessoas com menos de 50 anos¹. A pesquisa My Migraine Voice realizada pela European Migraine & Headache Alliance, com 11 mil pessoas de 31 países, incluindo o Brasil, mostrou que embora a maioria dos empregadores (63%) soubesse sobre diagnóstico de enxaqueca dos seus funcionários, apenas 18% ofereciam apoio².
Como a enxaqueca é predominante em pessoas em idade produtiva, ou seja, que geralmente estão ativas no mercado de trabalho, é importante encontrar mecanismos que possam ajuda-las a terem mais qualidade de vida e com menos impacto às suas atividades de trabalho. Assim como conscientizar empregadores sobre as consequências efetivas da doença, especialmente da enxaqueca crônica.
Algumas dicas podem ajudar:
Identifique os seus gatilhos de crise: Para identificar os gatilhos é preciso fazer um diário da enxaqueca, observar e anotar detalhadamente o seu dia a dia. Assim, identificará mais facilmente os fatores alimentares, ambientais ou emocionais que te afetam. Conhecendo os gatilhos se torna mais fácil saber quais evitar.
Gerencie a sua agenda: A rotina é importante para o enxaquecoso, por isso, é preciso manter horários regulares para se alimentar, dormir, fazer atividade física, trabalhar e relaxar. Isso ajuda o corpo a entender o que esperar, especialmente porque quem sofre com dores de cabeça tende a ser muito sensível às mudanças.
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Trate os primeiros sintomas das dores de cabeça: quanto antes começar o tratamento melhor. Medicar e mudar hábitos quando a enxaqueca apresentar os primeiros sintomas é mais simples do que quando ela já se tornou crônica. Mas atenção, nunca se automedique, apenas o neurologista pode indicar o medicamento correto para o seu caso.
Tratamentos preventivos também funcionam para os casos crônicos: os tratamentos preventivos atuam evitando o desencadeamento das crises e/ou diminuindo a sua intensidade. Existem medicamentos orais e injetáveis específicos para estes casos, como o topiramato e a toxina botulínica A. Ambos devem ser prescritos pelo médico neurologista.
Controle o seu nível de estresse: o estresse é um gatilho comum para as dores de cabeça, e geralmente estão ligados ao ambiente de trabalho. Atividade física e técnicas de relaxamento podem ajudar a controlar as reações físicas e emocionais diante dos fatores que desencadeiam o problema.
Assim como qualquer doença, a enxaqueca deve ser acompanhada por um profissional apto para esta função, que no caso da enxaqueca é o neurologista. O tratamento é a melhor forma de evitar as crises e ter mais qualidade de vida.
¹ https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5821623/
²https://thejournalofheadacheandpain.biomedcentral.com/articles/10.1186/s10194-018-0946-z